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É uma doença que não tem cura e as recentes descobertas que prometem reduzir o desconforto em até 90%, dependendo do caso, chamaram a atenção mundial e abrem a possibilidade de um novo tratamento com o qual pacientes com psoríase poderiam reduzir sintomas incômodos que não estão apenas relacionadas à dor, mas também a um estigma social.
Pois bem, embora seja uma doença que atinge 140 milhões de pessoas em todo o mundo, ainda é muito desconhecida entre a população.
Essa doença não passa despercebida pelos pacientes ou pelas pessoas ao seu redor, pois é uma condição autoimune em que a pele fica repleta de feridas brancas ou vermelhas que afetam principalmente áreas como mãos, couro cabeludo, joelhos e cotovelos.
Assim como outros problemas de pele, essa doença pode ocorrer em qualquer fase da idade, principalmente em adultos, que também podem começar a apresentar doenças articulares. Embora existam atualmente tratamentos que ajudam a combatê-la, como é o caso dos corticosteróides, muitos pacientes não conseguem reduzir as feridas e muito menos controlar a dor, por isso os novos achados da pesquisa são de extrema importância.
As células mesenquimais representam uma opção para diminuir a autoimunidade observada em pacientes com psoríase de difícil tratamento, reduzindo a presença de placas e lesões.
Observações de seis meses nos 17 pacientes que participaram do estudo indicam que a infusão de células-tronco mesenquimais derivadas do cordão umbilical apresenta uma melhora de 47% a 40% no escore PASI (ferramenta mais utilizada para mensuração da gravidade da psoríase, Além disso, 35,3% das pessoas melhoraram em até 75%, enquanto 17,6% diminuíram seus sintomas em até 90%.
Sobre a relevância das novas descobertas, o especialista ressalta que o que os tratamentos atuais fazem é “suprimir o sistema imunológico para que as células do sistema imunológico que estão atacando a pele não ocorram ou permaneçam inibidas, então isso sim. gera outras complicações como infecções recorrentes ou danos a outros órgãos ou tecidos”, e é exatamente aí que entraria o uso de novas alternativas.
Algo que as células mesenquimais podem fazer é regular as diferentes populações de células do sistema imunológico, explicou, detalhando que os pacientes com psoríase apresentam uma desregulação em que as “células do sistema imunológico que não só estão superativadas, mas vão atacar a pele ou as articulações quando realmente não deveriam. De tal forma que a utilização deste tipo de células estaminais ajuda a regular as populações e a recuperar o equilíbrio ou diferentes mecanismos para reduzir a inflamação da doença.
Para especificar ao público de forma compreensível o que os especialistas entendem por células mesenquimais, o presidente da Life and Stem Cells Association acrescentou que são células-tronco “que conseguem gerar células ósseas, gordurosas, cartilaginosas e musculares” e cuja importância reside não apenas no acima, mas também na regeneração dos tecidos.
Segundo o especialista, outro aspecto importante a destacar é que “pode inibir a formação de fibrose, que podem estimular a formação de novos vasos sanguíneos, estão sendo investigados porque todas essas propriedades características das células podem ajudar em condições como na psoríase, que é uma doença autoimune”.
Enquanto para administrá-los aos pacientes, os profissionais de saúde têm optado convencionalmente pela via intravenosa, para isso as células mesenquimais “são colocadas em suspensão especial às vezes com plasma humano e são injetadas pela veia, do sangue da torrente” e a partir daí vão “migrar” para os tecidos onde há sinais de inflamação. As doses podem estar entre um milhão de células por quilo de peso até 3 milhões de células por quilo de peso.
As células-tronco mesenquimais, retiradas do tecido do cordão umbilical, quando injetadas na derme, conseguem se diferencia em melanocitos.
Fonte: cenariomt | Rebeca Moraes
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