O Autismo ou Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma deficiência causada no desenvolvimento do cérebro. Cientistas acreditam que existam múltiplas causas que atuam juntas e acabam interferindo na forma em que normalmente ocorre o desenvolvimento neurológico das pessoas, podendo assim causar o autismo.

Pessoas com autismo podem se comportar, se comunicar, interagir e aprender de maneiras diferentes da maioria e muitas vezes não há nada sobre a aparência deles que os diferencie de outras pessoas. Enquanto as habilidades dos autistas podem variar significativamente.

Por exemplo, algumas pessoas com TEA podem ter habilidades avançadas de conversação, enquanto outras podem ser não verbais. Algumas pessoas com autismo precisam de muita ajuda em suas vidas diárias, outras podem trabalhar e viver com pouco ou nenhum apoio.

O TEA começa antes dos 3 anos de idade e pode durar toda a vida de uma pessoa, embora os sintomas possam melhorar com o tempo. Algumas crianças apresentam sintomas de autismo nos primeiros 12 meses de vida. Mas, em outros casos, os sintomas podem não aparecer até os 24 meses de idade ou mais tarde.

À medida que as crianças com TEA se tornam adolescentes e jovens adultos, elas podem ter dificuldades em desenvolver e manter amizades, comunicar-se com colegas e adultos ou entender quais comportamentos são esperados na escola ou no trabalho.

Eles podem chamar a atenção dos profissionais de saúde porque também têm condições como ansiedade, depressão ou transtorno de déficit de atenção/hiperatividade, que ocorrem mais frequentemente em pessoas com TEA do que em pessoas sem TEA.

É importante ressaltar que o autismo não é uma doença, mas sim um modo diferente de se expressar e reagir, que, apesar de não ter cura, não se agrava com o avanço da idade. No entanto, quanto mais cedo for realizado o diagnóstico e iniciado o tratamento, melhor será a qualidade de vida e a autonomia dos portadores.

Sinais e sintomas do Autismo

Alguns dos principais sintomas incluem:

Dificuldade na interação social: Mantendo pouco contato visual, expressão facial ou gestos, tendo dificuldade em fazer amigos e em expressar ideias e emoções;

Prejuízo na comunicação: Como ter dificuldade em iniciar ou manter uma conversa, compreender o ponto de vista de outras pessoas, entender figuras de linguagem, humor ou sarcasmo, manter um tom de voz monótono e deixar de responder ou demorar a responder quando chamado;

Alterações comportamentais: Como não saber brincar de “faz de conta”, ficar aborrecido com pequenas mudanças nos hábitos ou ter muito interesse por algo muito específico, como a asa de um avião ou números;

Comportamentos repetitivos: Como ficar muito tempo sentado balançando o corpo para frente e para trás e repetir várias vezes algumas palavras ou frases.

Além disso, pessoas com autismo também podem ter dificuldade para dormir e apresentar nervosismo ou agitação frequentes. Estes sinais podem ser tão leves que algumas vezes acabam passando despercebidos, mas também podem ser moderados a graves, interferindo no comportamento e na comunicação.

Diagnóstico do Autismo

Diagnosticar o autismo pode ser difícil, pois não há exame médico, como um exame de sangue, para diagnosticar esse distúrbio. Então, os médicos observam o comportamento e o desenvolvimento da criança para realizar o diagnóstico.

Às vezes, o TEA pode ser detectado aos 18 meses de idade ou menos. Aos 2 anos, um diagnóstico feito por um profissional experiente pode ser considerado confiável. No entanto, muitas crianças não recebem um diagnóstico final até que sejam mais velhas.

Algumas pessoas não são diagnosticadas até serem adolescentes ou adultos. E esse atraso significa que algumas pessoas com autismo podem não receber a ajuda precoce de que precisam.

Tratamento para Autismo

Os tratamentos atuais para o autismo buscam reduzir os sintomas que interferem no funcionamento diário e na qualidade de vida, dando ao autista cada vez mais autonomia.

O TEA afeta cada pessoa de maneira diferente, o que significa que as pessoas autistas têm pontos fortes e fracos, desafios únicos e diferentes necessidades de tratamento.

Os planos de tratamento geralmente envolvem vários profissionais e são direcionados ao indivíduo em si.

Saiba mais sobre o tratamento dos sintomas do TEA e como autistas podem melhorar sua qualidade de vida em busca de sua própria autonomia »

Referências:

Lord C, Risi S, DiLavore PS, Shulman C, Thurm A, Pickles A. Autismo de 2 a 9 anos. Arch Gen Psiquiatria. 2006 Jun;63(6):694-701.

Hyman, SL, Levy, SE, Myers, SM e AAP Conselho sobre Crianças com Deficiências, Seção sobre pediatria do desenvolvimento e comportamento. (2020). Identificação, avaliação e manejo de crianças com transtorno do espectro autista. Pediatria, 145(1), e20193447.